Novo combustível de aviação: Brasil pode fazer mais do que só exportar matéria-prima

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O combustível sustentável de aviação (SAF, em inglês) é produzido a partir de várias fontes, de biomassa ou carbono reciclado a óleos de cozinha, óleo vegetal, além de resíduos sólidos e resíduos de madeira, ou seja, são menos poluentes do que os demais combustíveis utilizados hoje na aviação, o que o torna mais sustentável.

O governo brasileiro iniciou a abertura do mercado de exportação para fabricantes de biocombustíveis dos Estados Unidos de óleo de cozinha usado e sebo bovino, matérias-primas essenciais para a fabricação de SAF.

Isso acontece devido aos incentivos governamentais para descarbonização, pois a partir de 2027, a maior parte das aeronaves não poderá decolar em voos internacionais sem mistura mínima de SAF. Com isso, as indústrias americanas têm buscado fora de seu país ingredientes mais baratos do que a soja para a produção de combustíveis renováveis.

Etanol brasileiro também sendo exportado

Outro produto brasileiro que vem se destacando nos embarques recentes para os EUA, com um ticket mais alto, é o etanol de segunda geração. Esse combustível é obtido a partir dos rejeitos da cana-de-açúcar, possui uma baixa pegada de carbono e é certificado para a produção de combustível renovável de aviação (SAF). Não existe etanol em nenhum outro lugar do mundo com índices de carbono tão próximos de zero.

Esse diferencial torna o combustível brasileiro a principal matéria-prima da primeira usina de SAF à base de etanol, inaugurada no início deste ano na Geórgia (EUA). O etanol americano ainda não alcançou um nível de redução de emissões que lhe permita se qualificar para os subsídios governamentais para descarbonização, o que pode levar anos para ser alcançado. A solução tem sido fazer uma mistura com o produto brasileiro.

Como o mercado brasileiro enxerga essas exportações?

No entanto, empresários e analistas do setor de renováveis analisam essas exportações de matérias-primas com ressalva, defendendo que seja estratégico criar uma nova cadeia industrial de SAF dentro do próprio Brasil, devido ao potencial de geração de renda e emprego.

De acordo com esses especialistas, para que o setor crescesse de forma sustentada, seria importante o PL do Combustível Legal – aprovado na Câmara e sob análise do Senado – ser implementado.

O que pode contribuir para este avanço da implementação é a construção de uma biorrefinaria no Rio Grande de quase US$ 1 bilhão, para produzir SAF a partir de óleos vegetais e sebo bovino. A previsão é que a unidade comece a funcionar no final de 2026.

A nova biorrefinaria de Rio Grande transformará um milhão de toneladas de óleos vegetais e gorduras em SAF por ano. A soja será o principal insumo, mas a unidade também utilizará sebo bovino e outros óleos, como o de canola, que se apresenta como uma opção atraente para os agricultores cultivarem no inverno.

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